Na escala na Turquia, nós já tomamos um susto. Dois policiais nos perguntaram insistentemente o nome e nacionalidade, olharam nosso passaporte umas duas vezes e nos liberaram em cima da hora do próximo voo. Corremos loucamente pelo aeroporto (ele é grande), ainda tivemos que tirar bota, casaco para a revista, mas deu tempo. Chegamos ao aeroporto Schiphol em Amsterdã e cadê nossa mala? Um baita frio no meio de fevereiro (logo após a nevasca) e sem opções de roupa. Para ajudar, nós não tínhamos reservado a primeira noite por um erro da STB que nós não notamos (era nosso primeiro mochilão) e claro, não tinha vaga..rsrs A viagem que tinha tudo pra dar errado foi incrível!
Como não podíamos dormir no hostel e chegamos com a corda toda, nós fomos para a praça Leidseplein. Passamos por uns 3 bares diferentes e experimentamos diversas cervejas (tem vários bares, um do lado do outro, porém alguns fechavam cedo na época que fomos). O último era uma espécie de balada e lá, diferente daqui, não é proibido fumar. Um horror! ainda mais pensando que era nossa única roupa disponível até chegar nossa mala..rs
Voltamos para o hostel cedo, tentamos uma cochilada no sofá da recepção, mas o segurança era implacável - nos acordou a cada pescada. Pela manhã, andamos pelo Voldenpark que era ao lado, voltamos e o hostel já tinha ganhado movimento devido aos milhares de check out. Conhecemos algumas pessoas e soubemos de um free walking tour. Tentamos ir, mas logo começou uma chuva de "gelinhos" e a Bia estava de rasteirinha (não estávamos preparadas para perder a bagagem).
Acabei seguindo sozinha até o ponto de encontro do tour e encarei bastante chuva e frio. A Bia foi as compras, porque não queria perder os dedos do pé..rs Nos encontramos no final da tarde no hostel e as nossas mochilas já estavam nos esperando. Graças!
Tentamos sair a noite, mas estava um frio absurdo. Andamos um pouquinho pelo centro, descobrimos a maravilha que eram os supermercados (com cervejas baratas, diversas opções de petiscos, queijos e antepastos) e voltamos para o hostel com as nossas comprinhas.
Nos dias seguintes nós conhecemos a casa de Anne Frank (eu recomendo que vá após a leitura do livro e o walking tour pela cidade para se situar quanto ao contexto histórico, do contrário, será apenas uma antiga casa com refugiados e está longe disso), o museu Van Gogh (valeu a visita, seja pelas pinturas, seja pela história), quando fomos o Rijksmuseum estava fechado, o Heineken Experience (achei bem fraquinho, tomamos uns 2 chopps) e o Red Light District (esperava algo mais assustador - tipo o que nos deparamos na Bélgica..ahahaha).
Sobre nos perdemos, confesso que isso aconteceu com uma certa frequência. Os canais são bem parecidos e a cidade parece circular. No primeiro dia um cara parou para oferecer ajuda e nós estranhamos (só para esclarecer eu sou de SP e a Bia do RJ), no segundo dia uma pessoa ofereceu ajuda assim que abrimos o mapa, depois outra... Foi então que notamos que não era nada estranho, era simpatia mesmo..rs
Com relação as bicicletas, sim elas são prioridade e estão acima até mesmo dos pedestres. Cuidado para não ser atropelado. Quanto as buzinadas, você logo se acostuma..rs Como fomos no final do inverno, encontramos diversas luvas dos ciclistas pelo caminho e algumas são penduradas em grades ou árvores, caso a pessoa passe por lá e reconheça. Se quiser entrar no clima da cidade, há tours de bicicleta e dizem que vale muito a pena.
Na volta do nosso mochilão, nós ainda conseguimos dar um pulo no parque das tulipas - Keukenhof, mas estava muito no início da primavera e por isso não vimos tão florido como queríamos.
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