Qué tan lejos: Argentina parte II

Acreditem: Bariloche é muito mais do que um destino para o inverno. Tanto o verão como o outono reservam lindas paisagens e muitos atrativos. No verão é possível se banhar nos lindos lagos azuis provenientes das montanhas e no outono é possível desfrutar de um friozinho com sol a tarde e lindas paisagens que misturam o verde, amarelo e alaranjado da vegetação em harmonia com os lagos azuis e montanhas.

Quanto a localização, qualquer hotel próximo do centro cívico ajuda muito na circulação noturna. Há grande concentração de bares e restaurantes nessa região.
Das possibilidades de passeio na região eu visitei:
- Puerto Blest: Fica a 1h de barco de Puerto Panuelo e assim como a Isla Victoria me custaram 520 pesos (em alta temporada sobe em torno de 100 pesos) + taxa de entrada do parque de 80 pesos + taxa de embarque de 28,5 pesos. Nesse passeio é possível conhecer a cachoeira de Cântaros (através da subida de uma escada considerável), fazer uma trilha bem fácil e bonitinha de cerca de 40 minutos até Puerto Blest para almoçar, andar pelas praias ao redor do porto e caminhar 3km até uma lagoa verde chamada Puerto Alegre (dependendo da quantidade de gente a empresa disponibiliza ônibis para levar até lá). Eu fiquei encantada pela região, principalmente pelas cores das águas (a direita do porto é possível ver o encontro das águas verde do rio Frias com as águas turquesas da Lago Nahuel Huapi).
- Isla Victoria e Bosque de Arrayanes: a ilha deve ser um belo destino de verão com sua praia de verde esmeralda (deu vontade de entrar de tão bonita que era mesmo com o dia fechado e frio) e lindo bosque com espécies de todos os continentes. A ilha também conta com escola para os pequenos da região e uma longa história de exploração e maus tratos das espécies locais. Todo o caminho até a ilha é acompanhado por gaivotas que se acostumaram a comer bolachas das mãos dos turistas incentivados pelos guias que fazem disso um meio de faturar com as fotos.
Já o Bosque de Arrayanes me pareceu sem graça. São apenas 800m de trilha com diversas espécies de árvores com predominância dos arrayanes. Reza a lenda que Walt Disney se inspirou nesse bosque para o filme do Bambi.
- Cerro Tronador: o imponente cerro Tronador me foi uma bela surpresa. O único ainda nevado nessa estação, ele tem esse nome pelo barulho que faz nas avalanches (vimos 3 pequenas e ouvimos 2 durante o passeio). O rio verde proveniente do derretimento dos glaciais, o cerro, as avalanches... muito lindo. Principalmente para nós brasileiros que não estamos acostumados com essa paisagem.
- Puerto Manzano, Villa Agostura, 7 lagos, Villa Traful e San Martin de los Andes: é possível conhecer Villa Agostura, os 7 lagos e San Martin através de passeios de agência, mas como fomos de carro conseguimos parar onde a paisagem pedia.
Puerto Manzano é minúsculo. O lindo hotel a beira lago, os chalés, as árvores amareladas pelo outono compõem uma linda foto. A região tem casas impressionantes.
Villa Agostura é bem pequena e turística. Muitos restaurantes e comércio no centro e lagos próximos.
Em direção aos 7 lagos, nós encontramos um chalé a beira de um lago azul e achamos que fosse o primeiro, mas era uma propriedade particular a beira do rio Nahuel Huapi..rsrs Lindíssimo!
Após conhecermos dois lagos, nós seguimos uma trilha de cerca de 25km em estrada de terra em direção a Villa Traful. A Villa também é bem pequena, mas linda. A paisagem do lago em beira das montanhas com o sol do fim de tarde valeram a visita.
Dos 7 lagos acho que só conheci 3, porque voltamos tarde da Villa Traful. Na volta a caminho de San Martin nós paramos apenas num lago e numa queda d'agua. Se a idéia é fazer tudo num dia sem correr é preciso sair pela manhã.
En San Martin nós nos hospedamos num hostel próximo do centro e no dia seguinte pela manhã nós seguimos para o Parque Huecholafquen (entrada de 35 pesos para residentes e 80 pesos para estrangeiros, aliás o mesmo vale para qualquer parque da região e fica a cerca de 1h de carro de San Martin): o parque é bem grande, tem paisagens diferentes a beira lago, é circundado por diversas montanhas e pelo famoso vulcão Lanin (que eu só pude ver a sillhueta porque o dia estava nublado).
- Cerro Campanário: é possível ter uma linda vista dos lagos e das montanhas que rodeiam Bariloche. Você poderá subir de teleférico (em torno de 60 pesos o trecho) ou a pé por uma íngreme trilha de 40 a 50 minutos. A trilha não tem grandes obstáculos além da falta de condicionamento físico de quem vos escreve..rsrs Você também pode optar por conhecê-lo dentro do passeio turístico chamado Circuito Chico ou por conta própria (está a cerca de 20min do centro).
- Llao Lhao e Puerto Pañuelo: os dois são bem próximo, tem uma bela vista para as montanhas, o hotel, o lago e os jardins de lavanda, mas só valem a visita caso vá fazer o Circuito Chico ou numa breve visita antes ou depois da saída do barco para Isla Victoria e San Blest que saem do Puerto Pañuelo.