sábado, 4 de julho de 2015

Canadá


Por falta de planejamento no roteiro Quebec, Montreal, Ottawa e Toronto vindo de New York eu acabei fazendo um zigue zague no Canadá. Não há nem ônibus e nem trem direto de New York para Quebec, invariavelmente você terá que parar em Montreal se fizer esse caminho.
O caminho que o trem faz é lindíssimo (passa por diversos lagos), mais confortável que o ônibus, apenas 2 horas a mais na teoria (mas me disseram que na prática da no mesmo porque a imigração para ônibus leva mais tempo) e os preços são quase iguais (tente comprar com alguma antecedência).
O transporte entre cidades do Canadá é bem caro e pouco prático (talvez pela falta de concorrência) e por conta disso, as caronas são boas opções. Eu usei o Kangaride e adorei a possibidade de conhecer locais, além do conforto e da economia (no site é possível ver quantas caronas a pessoa já deu, qual foram as avaliações, quais os horários e valores).
Quebec: embora tenha o inglês como segunda língua, o francês é predominante nessa região. E fora os restaurantes e hotéis, dificilmente encontrará quem fale inglês. Ainda assim, as pessoas tentarão te ajudar de alguma forma (nem que seja respondendo em francês ou apontando..rs).
Lindinha, pequena, parece cidade cenográfica e super turística.
Além dos pontos óbvios como centro antigo (Quartier Petit Champlain, la Citadelle, Château Frontenac, Terrace Dufferin, Palace de l'Hotel-de-Ville...), uma boa pedida é visitar as cataratas de Montmorency que fica a uns 40 minutos de ônibus da cidade velha. É bem fácil de chegar e de caminhar por lá (entrada gratuita, a cachoeira fica em frente ao ponto final ônibus, trilha marcada e de fácil acesso - é possível ir do topo a base através das escadas e ainda tomar uma "ducha" na base, só precisa comprar o bilhete do ônibus antes em alguma loja de conveniência).
Eu particularmente gostei de me hospedar no centro antigo e fazer tudo a pé. Mas preferi sair um pouco em direção a cidade nova para curtir uma música ao vivo, melhores opções de comida e a preços não tão turísticos.
O HI Hostel é bem localizado, organiza o passeio para a cachoeira, o city tour e o pub crawl gratuitamente. Se for fazer o mesmo tour que eu, vale cogitar fazer a carteirinha para desconto na hospedagem.
Montreal: Ainda que faça parte da mesma região de Quebec, já é mais fácil falar inglês por aqui.
Cidade maior e nem por isso menos bonita, Montreal é bem limpa, organizada, muitas opções de bares, restaurantes, museus, lojas... O metrô cobre toda a região central e funciona, mais ou menos como São Paulo, até 0h/1h (depende do dia e da estação). Dependendo de quando for, vale a pena ver o bilhete de metrô para o fim de semana (de sexta a noite ao domingo a noite ou segunda pela manhã), ou mesmo os diários ou semanais. Se gostar de andar, dá pra fazer mitas coisas a pé tendo como base o parque ou estação Mont Royal.
Como nem tudo é perfeito, essa foi a cidade que eu encarei a maior variação de temperatura: de 28°C, para 13°C, para 9°C com garoa (detalhe, era quase verão: fim de maio/ início de junho).
Novamente aqui o HI Hostel organizou city tours gratuitos, pub crawl e festa na Ilha, porém o barulho das portas de ferro é bem irritante (e associado a falta de noção da galera, pode ser insano pra quem está há bastante tempo na estrada).
Dentre as atrações que recomendo estão: pôr do sol na Ilha (acessível por metrô), o festival dos tam-tams aos domingos por volta das 11h na praça do monumento George Étienne Cartier (base do Mont Royal), uma caminhada pela Vieux Montreal e Vieux-Port (se for brasileiro dê uma olhada na praia artificial que tem ali para dar mais valor ao seu país..RS), não se engane pelas fotos do google do Jardim Botânico - as esculturas só acontecem a cada 3 anos e a próxima será em maio de 2016 e se for no verão, terá feiras com cebos, comidas, brechós no plateau Mont Royal e shows ao redor da Place des Arts (a partir da primeira ou segunda semana de julho).
E não deixe de levar um casaco e uma capa de chuva, não deixe a virada do tempo estragar sua viagem.
Ottawa: Capital canadense, cidade de língua inglesa e com poucas opções turísticas.
Criei uma baita expectativa em relação ao HI Hostel construído numa antiga prisão, mas fiquei super decepcionada com o atendimento desse hostel:
- Reservei quarto para 4 pessoas e me deram um quarto pra 6, reclamei e ao invés de pedirem desculpas e corrigirem, me disseram que era o mesmo preço e só me trocaram quando eu insisti que fazia questão de ficar no quarto que reservei.
- Quando fui tomar café já não tinha quase nada e as pessoas não pareciam muito dispostas em repor. - Perdi o tour da cadeia, mesmo estando na recepção esperando (não chamaram as pessoas listadas). E quando achei que fosse pessoal, vi o recepcionista deixar uma mulher esperando por uns 15 minutos enquanto ele estava ao telefone, além da falta de disposição em falar sobre os pontos turísticos da cidade.
Em relação a cidade, caso faça questão de ir ou decida parar por uns 2 dias no caminho até Toronto, eu recomendo a visita ao Parlamento, ao canal, ao mercado Byward e restaurantes ao redor, a Galeria Nacional (na quinta a tarde a entrada é gratuita) e ao Museu de História Canadense (gratuito no mesmo dia que a galeria e quase no mesmo horário). Na ida a pé da galeria para o museu você pode atravessar a bela ponte Alexandra e ter uma linda vista da cidade velha.
Toronto: a boa e velha cidade grande..rsrs De língua inglesa, Toronto pode ser desbravada tanto de ônibus quanto de metrô.
Os meus pontos favoritos na cidade foram: a ilha de Toronto (um imenso parque com praias), o mercado orgânico e St. Lawrence Market (um do lado do outro) e o Kensington Market (mistureba de brechós, grafites e restaurantes jamaicanos, indianos e latinos no meio da Chinatown). Bem próximo do Kensington Market também é possível encontrar o mais antigo bar de blues da cidade: Grossman Tavern.
O HI Hostel de lá é bem organizado e está cheio de brasileiros trabalhando por lá. O único ponto é a burocracia do café da manhã: você pede a opção escolhida no bar, retira a bebida e espera uns 30 minutos pra receber a comida (isso quando não esquecem seu pedido).




























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